Carros Antigos
Desde o fim da década de 1970 se falava num novo GM. Ele faria parte de uma nova estratégia mundial da General Motors. A ordem era produzir carros menores, com características semelhantes em várias de suas fábricas espalhadas pelo mundo, política inaugurada pelo Chevette. "Quando os automóveis compactos de tração dianteira chegarem às lojas, uma nova etapa estará começando", afirmava Karl Ludwigsen, correspondente da revista nos Estados Unidos àquela época. O tal Opala não existiu, mas as previsões estavam corretas.
Em novembro de 1979 foi realizada uma pesquisa no Clube Pinheiros (SP). Entre os Opala e Chevette da linha 1980, lá estava o Projeto "J", embrião do futuro Monza. Na época, a expressão "carro mundial" - um mesmo modelo produzido em várias partes do mundo - era o assunto em pauta.
Por aqui, a Ford acelerava a implantação da linha de produção do Escort e a GM, em meados de 1980, já testava o Projeto J no campo de provas de Indaiatuba. Seria o início do fim da defasagem dos carros brasileiros.
"Revolução sobre rodas." Foi sob esse título que a matéria publicada na seção Economia e Negócios da edição do dia 21 de abril de 1982 da revista Veja noticiava o lançamento do Monza. A reportagem anunciava o "carro mundial" da GM, fruto de um investimento de 500 milhões de dólares e que teve como base o Opel Ascona alemão.
Os alvos primários do hatch da GM eram o VW Passat e o veterano Corcel, que mostrava sinais de exaustão. Mas, para defender seu terreno, a Ford já tinha seu "mundial" quase pronto: o Escort chegaria no ano seguinte.
Em maio de 1982 o aguardado Monza chegava às lojas. Com motor 1.6 de 73 cavalos e câmbio japonês da Isuzu, ele estava apenas alguns meses defasado em relação ao lançamento do modelo na Europa. Era o segundo nacional com motor transversal (antes dele havia o Fiat 147) e tinha tração dianteira, características inéditas entre os GM nacionais. Exatamente como o carro do advogado Rui Pacheco Bastos, um dos sócios-fundadores do Monza Clube do Brasil (http://www.monzaclube.com/). Trata-se de um modelo SLE 1983, exemplar de uma fase em que retrovisor direito ainda era opcional.
Mesmo sendo dono do projeto mais moderno, o desempenho do Monza não chegou a impressionar no comparativo publicado na edição de julho de 1982. Confrontado com Passat e Corcel, teve as piores marcas nas provas de aceleração e velocidade máxima: fez de 0 a 100 km/h em 17 segundos e ficou nos 147,5 km/h. A indolência demonstrada pelo motor 1.6 acelerou a estréia do 1.8 com 86 cavalos, já na linha 1983.
No tempo em que era chique ter carro a álcool, o bom desempenho dos 96 cavalos, alimentados pelo combustível preferido pela grande maioria dos motoristas da época, ajudou o Chevrolet Monza a manter por três anos consecutivos um título inédito para um carro de sua categoria. Foi o mais vendido entre 1984 e 1986, desbancando o irmão Chevette (campeão em 1983), que por sua vez havia posto fim à hegemonia do Fusca. Nessa fase o Hatch já contava com a companhia dos irmãos de três volumes, de duas e quatro portas.
Em setembro de 1985, uma versão esportiva do Monza chegava às lojas. O S/R aproveitava as formas do Hatch e incorporava elementos como spoiler, rodas de aro 14 (eram 13 nas outras versões), pintura preta na parte inferior da carroceria e luz de neblina traseira. No interior, os bancos Reccaro e a alavanca de câmbio curta envolviam o motorista num clima de esportividade. Tinha suspensão mais dura e motor 1.8 a álcool com tempero especial: carburador de corpo duplo e coletor de admissão e escapamento especiais. Com isso, ganhava 10 cavalos.
A combinação do câmbio com relações mais curtas e diferencial mais longo produziu desempenho interessante. O S/R chegava a 180 km/h e fazia de 0 a 100 km/h em 11 segundos. Em 1987, a chegada do 2.0 à linha Monza alcançou também o S/R, que deixou de ter o privilégio do "veneno" no motor. O esportivo, o último dos hatches, saiu de cena em 1989. Resistiu bem mais que os hatches SL e SLE, que foram fabricados até 1986. Publicado na edição de janeiro de 2005.
- Volkswagen 1600 Tl 1972
O TL é da família 1600, composta por Brasilia, Variant, Zé do Caixão, entre outros. Aquele final da década de 60 foi duro para a Volkswagen, que via da arquibancada as vendas do Corcel, lançado em 1968. Enquanto a Ford faturava no promissor...
- Ford Versailles 1992
Este é o irmão mais novo do VeronaO segundo fruto da Auto-latina, a associação entre Ford e Volkswagen que teve início em 1986, foi lançado em meados de 1990. Primeiro foi o VW Apollo, versão do Ford Verona. Depois veio o Versailles, que chegou...
- Chevy 500 Dl 1982
Com dez anos de estrada, o Chevette apresentou sua última variação de carroceria no Brasil. Após o sedã de duas portas, hatch, sedã de quatro portas e da perua Marajó, a Chevrolet desenvolveu uma versão picape do nosso primeiro derivado do Opel...
- Toyota Bandeirante 1962
Esta é a dianteira da Bandeirante (antiga Land Cruiser) A Bandeirante é assim. Robusta. E este é o painel com um enorme volante. O Toyota Bandeirante foi construído para durar longos anos produzindo lucros para seu proprietário." A frase, que constava...
- Fiat Prêmio Cs 1983
Esse é o sedã do Uno, lançado em 1983 E o painel, pouco diferente do Uno Lançado em 1985, o Fiat Prêmio fez mais que abrir caminho para o fim do Oggi. Se por fora copiava o desenho do Uno até as colunas centrais, sob o capô trazia um inédito motor...
Carros Antigos
Chevrolet Monza Hatch 1982
Em novembro de 1979 foi realizada uma pesquisa no Clube Pinheiros (SP). Entre os Opala e Chevette da linha 1980, lá estava o Projeto "J", embrião do futuro Monza. Na época, a expressão "carro mundial" - um mesmo modelo produzido em várias partes do mundo - era o assunto em pauta.
Por aqui, a Ford acelerava a implantação da linha de produção do Escort e a GM, em meados de 1980, já testava o Projeto J no campo de provas de Indaiatuba. Seria o início do fim da defasagem dos carros brasileiros.
"Revolução sobre rodas." Foi sob esse título que a matéria publicada na seção Economia e Negócios da edição do dia 21 de abril de 1982 da revista Veja noticiava o lançamento do Monza. A reportagem anunciava o "carro mundial" da GM, fruto de um investimento de 500 milhões de dólares e que teve como base o Opel Ascona alemão.
Os alvos primários do hatch da GM eram o VW Passat e o veterano Corcel, que mostrava sinais de exaustão. Mas, para defender seu terreno, a Ford já tinha seu "mundial" quase pronto: o Escort chegaria no ano seguinte.
Em maio de 1982 o aguardado Monza chegava às lojas. Com motor 1.6 de 73 cavalos e câmbio japonês da Isuzu, ele estava apenas alguns meses defasado em relação ao lançamento do modelo na Europa. Era o segundo nacional com motor transversal (antes dele havia o Fiat 147) e tinha tração dianteira, características inéditas entre os GM nacionais. Exatamente como o carro do advogado Rui Pacheco Bastos, um dos sócios-fundadores do Monza Clube do Brasil (http://www.monzaclube.com/). Trata-se de um modelo SLE 1983, exemplar de uma fase em que retrovisor direito ainda era opcional.
Mesmo sendo dono do projeto mais moderno, o desempenho do Monza não chegou a impressionar no comparativo publicado na edição de julho de 1982. Confrontado com Passat e Corcel, teve as piores marcas nas provas de aceleração e velocidade máxima: fez de 0 a 100 km/h em 17 segundos e ficou nos 147,5 km/h. A indolência demonstrada pelo motor 1.6 acelerou a estréia do 1.8 com 86 cavalos, já na linha 1983.
No tempo em que era chique ter carro a álcool, o bom desempenho dos 96 cavalos, alimentados pelo combustível preferido pela grande maioria dos motoristas da época, ajudou o Chevrolet Monza a manter por três anos consecutivos um título inédito para um carro de sua categoria. Foi o mais vendido entre 1984 e 1986, desbancando o irmão Chevette (campeão em 1983), que por sua vez havia posto fim à hegemonia do Fusca. Nessa fase o Hatch já contava com a companhia dos irmãos de três volumes, de duas e quatro portas.
Em setembro de 1985, uma versão esportiva do Monza chegava às lojas. O S/R aproveitava as formas do Hatch e incorporava elementos como spoiler, rodas de aro 14 (eram 13 nas outras versões), pintura preta na parte inferior da carroceria e luz de neblina traseira. No interior, os bancos Reccaro e a alavanca de câmbio curta envolviam o motorista num clima de esportividade. Tinha suspensão mais dura e motor 1.8 a álcool com tempero especial: carburador de corpo duplo e coletor de admissão e escapamento especiais. Com isso, ganhava 10 cavalos.
A combinação do câmbio com relações mais curtas e diferencial mais longo produziu desempenho interessante. O S/R chegava a 180 km/h e fazia de 0 a 100 km/h em 11 segundos. Em 1987, a chegada do 2.0 à linha Monza alcançou também o S/R, que deixou de ter o privilégio do "veneno" no motor. O esportivo, o último dos hatches, saiu de cena em 1989. Resistiu bem mais que os hatches SL e SLE, que foram fabricados até 1986. Publicado na edição de janeiro de 2005.
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- Volkswagen 1600 Tl 1972
O TL é da família 1600, composta por Brasilia, Variant, Zé do Caixão, entre outros. Aquele final da década de 60 foi duro para a Volkswagen, que via da arquibancada as vendas do Corcel, lançado em 1968. Enquanto a Ford faturava no promissor...
- Ford Versailles 1992
Este é o irmão mais novo do VeronaO segundo fruto da Auto-latina, a associação entre Ford e Volkswagen que teve início em 1986, foi lançado em meados de 1990. Primeiro foi o VW Apollo, versão do Ford Verona. Depois veio o Versailles, que chegou...
- Chevy 500 Dl 1982
Com dez anos de estrada, o Chevette apresentou sua última variação de carroceria no Brasil. Após o sedã de duas portas, hatch, sedã de quatro portas e da perua Marajó, a Chevrolet desenvolveu uma versão picape do nosso primeiro derivado do Opel...
- Toyota Bandeirante 1962
Esta é a dianteira da Bandeirante (antiga Land Cruiser) A Bandeirante é assim. Robusta. E este é o painel com um enorme volante. O Toyota Bandeirante foi construído para durar longos anos produzindo lucros para seu proprietário." A frase, que constava...
- Fiat Prêmio Cs 1983
Esse é o sedã do Uno, lançado em 1983 E o painel, pouco diferente do Uno Lançado em 1985, o Fiat Prêmio fez mais que abrir caminho para o fim do Oggi. Se por fora copiava o desenho do Uno até as colunas centrais, sob o capô trazia um inédito motor...